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Situação alarmante da violência na Bahia

Estatísticas confirmam situação alarmante da violência na Bahia

por robertohashtag1@gmail.com
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Assaltos à mão armada, confrontos entre facções criminosas, mortes violentas. Esses são alguns exemplos de crimes cuja recorrência pela Bahia tem assustado cada vez mais a população do estado, e não é à toa: segundo o Monitor da Violência, a Bahia foi o estado mais violento do país pelo quinto ano seguido em 2023 e, dado o andamento dos números neste ano, tem tudo para “brigar pelo título” mais uma vez.

No ano passado, foram 404 assassinatos por mês, em média, segundo informações oficiais; neste ano, a média até junho foi de 368, número ainda alarmante e acima da média nacional. Fazendo a média por população, a Bahia registrou em 2023 o impressionante número de 46,5 mortes a cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para o estado do Amapá. Entre as dez cidades do Brasil com mais mortes violentas, seis estão na Bahia (Camaçari, Jequié, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Eunápolis).

A sensação de insegurança não vem apenas da enorme quantidade de homicídios: o roubo de telefones celulares aumentou mais de 10% na Bahia entre 2022 e 2023, tendo o ano passado registrado mais de 46 mil aparelhos roubados – piores números do Brasil se considerados proporcionalmente à população. Furtos de celulares também cresceram no mesmo período no estado.

Em declaração recente, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC-BA), Eustácio Lopes, apontou a falta de investimento em inteligência e investigação criminal como uma das principais causas da violência no estado. Citando pesquisa do Instituto Sou da Paz, que aponta que na Bahia apenas 15% dos crimes são elucidados, Lopes alega que “passamos os últimos oito anos com a Polícia Civil sendo sucateada, sem inteligência (…) com oito anos sem investir no efetivo, ficando com que quase 200 municípios ficassem sem investigação, elucidação ou ação qualificada”.

O problema se agrava com a ação de grupos criminosos que brigam por controle de territórios em todo o estado, com destaque para Salvador. Levantamentos apontam que a Bahia é o estado brasileiro com mais facções criminosas no país, somando 21 grupos.

Embora comemore reduções circunstanciais em algumas estatísticas negativas, o Governo do Estado não apresenta sinalizações claras de como pretende lidar com as grandes questões da segurança pública. Grandes estratégias, inteligência policial, ações coordenadas e fortalecimento da elucidação de crimes, ainda que sejam elementos indispensáveis à solução para a violência, não têm a atenção adequada dos gestores.

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