A venda de um terreno na Barra, realizada pela Prefeitura de Salvador através de um leilão noticiado pelo Agora Bahia News nos últimos dias, provocou questionamentos e críticas na sociedade civil. O terreno, que deve ser usado para um empreendimento imobiliário, desempenhava papel importante na drenagem e ventilação do local; é o que destaca o presidente da seção baiana do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-BA), Tiago Brasileiro, em declaração ao site Metro1.
Segundo Brasileiro, a remoção da vegetação natural do terreno e consequente construção de um edifício causará impacto negativo na ventilação local, além de impermeabilizar mais o solo e aumentar o risco de alagamentos na região. Além disso, um empreendimento num local já muito verticalizado traria mais trânsito de veículos, complicando a mobilidade e a qualidade de vida no bairro. O presidente do CAU-BA ainda menciona outros impactos, como a perda do caráter paisagístico do terreno e da biodiversidade abrigada pelo local.
O CAU-BA já havia se posicionado antes sobre vendas de terrenos públicos que vêm sendo realizadas recorrentemente pela Prefeitura de Salvador. No ano passado, a entidade havia conseguido barrar judicialmente a venda de uma área verde no Corredor da Vitória.