Em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo no número de mortes decorrentes de acidentes aéreos, totalizando 148 vítimas fatais. Este número representa um crescimento de 92% em relação a 2023 e é o mais alto desde o início da série histórica do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), iniciada em 2014.
Entre os acidentes mais graves deste ano, destaca-se a queda de uma aeronave da VoePass em agosto, que resultou na morte de 62 pessoas. Outro incidente trágico ocorreu em Gramado, Rio Grande do Sul, em dezembro, onde um avião de pequeno porte caiu, vitimando 10 pessoas.
Especialistas apontam que a aviação privada lidera o número de acidentes fatais, com 22 casos registrados em 2024. Fatores como perda de controle em voo e falhas mecânicas são as causas mais comuns identificadas nas investigações. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) enfrenta desafios significativos, operando com quase 30% de seus cargos vagos. Esse déficit de pessoal impacta diretamente a fiscalização e a supervisão de empresas, aeronaves e oficinas de manutenção, levantando preocupações sobre a segurança aérea no país.
Diante desse cenário alarmante, é imperativo que as autoridades intensifiquem as medidas de fiscalização e promovam ações educativas voltadas para a segurança operacional. A contratação de pessoal qualificado para órgãos reguladores, como a Anac, é essencial para garantir a eficácia na supervisão das operações aéreas e, consequentemente, reduzir o número de acidentes e vítimas fatais no setor da aviação brasileira.