Um estudo recente da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados pode reduzir significativamente a expectativa de vida. Entre os itens analisados, os refrigerantes destacaram-se
negativamente: cada unidade consumida pode diminuir em até 12 minutos a longevidade de uma pessoa.
A pesquisa avaliou 5.853 alimentos comuns na dieta americana, considerando seus componentes nutricionais e aditivos. Os resultados indicaram que um cachorro-quente pode subtrair até 36 minutos da expectativa de vida, enquanto cheeseburgers podem subtrair cerca de 9 minutos cada. No caso dos refrigerantes, a perda estimada é de 12 minutos por unidade consumida.
Os pesquisadores atribuem esses efeitos negativos à presença de conservantes, açúcares e gorduras em níveis elevados nos alimentos ultraprocessados. Por exemplo, os nitritos e nitratos presentes em carnes processadas, como salsichas, estão associados a um maior risco de câncer de cólon. Além disso, o alto teor de açúcar e gordura contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Por outro lado, o estudo também identificou alimentos que podem aumentar a expectativa de vida. O consumo de certos tipos de peixe, por exemplo, pode adicionar até 28 minutos à longevidade. Sanduíches de manteiga de amendoim e geleia caseira também foram considerados benéficos, proporcionando um acréscimo de 32 minutos.
Os cientistas enfatizam que pequenas substituições na dieta podem trazer benefícios significativos. Trocar 10% das calorias diárias provenientes de carnes processadas por frutas, vegetais, nozes, legumes e frutos do mar pode adicionar cerca de 48 minutos à expectativa de vida e reduzir em 33% a pegada de carbono da dieta.
Em resumo, o estudo destaca a importância de escolhas alimentares conscientes para promover a saúde e aumentar a longevidade. Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e aumentar a ingestão de opções naturais e nutritivas são passos fundamentais para uma vida mais longa e saudável.